OPINIÃO
Afinal, quem são os culpados?
Domingo, 13 de março de 2022 ( Atualizada em 13/03/2022 às 09:22)
Excetuando-se as elites partidárias e seus miquinhos amestrados, o brasileiro se escandaliza com os tais Fundo Partidário e Fundo Eleitoral que no ano em curso atingiu a bagatela de 5,9 bilhões de Reais. Tudo devidamente aprovado pelo Congresso Nacional e chancelado pela Suprema Corte.
É bom sempre lembrar que o Presidente Bolsonaro vetou a medida mas teve seu veto “derrubado”.
É de se lamentar que após ou durante uma pandemia(?) de nível mundial, em plena recessão econômica também mundial que já se desenha em face do “ fique em casa, a economia a gente vê depois”, nossos imortais parlamentares e “ iluministros “ do STF nos empurrem “goela abaixo” tamanho escárnio. Verdadeiro tapa na cara do povo brasileiro.
Mas enfim, como diz Cláudio Lessa, “no país do é assim mesmo”, é assim mesmo.
Por outro lado, pior que a necessidade de assimilarmos um golpe por demais devastador, é constatar que nós, simples eleitores mortais fazemos parte desse jogo como protagonistas ativos e passivos.
Somos ativos quando não escolhemos aquele candidato que não usa esse dinheiro, sem a dança efervescente dos milhões, nem sequer conhecemos os candidatos.
Somos passivos, quando nos imiscuímos com aqueles que se refestelam com “NOSSO DINHEIRO” indevidamente desviado para que os partidos o usem ao seu bel prazer, inclusive para pagar advogados criminais.
Nos enamoramos daqueles candidatos bem representados em propaganda massiva, em verdadeiras promoções midiáticas, trabalhamos para eles em troca de algumas migalhas, enfim, damos a eles o resultados que esperam, em outras palavras, finalidade atingida, eleição garantida.
É triste essa constatação, mas é verdadeira.
É verdade que o Capitão do Brasil se elegeu sem o oba-oba dos milhões, mas estamos falando de um Mito, e o raio, não cai duas vezes no mesmo lugar, embora no caso do Capitão isso seja possível.
A luta por uma cadeira nas Casas Legislativas é árdua, mas pelo que verificamos, é também compensadora, pais querem eleger filhos, maridos desejam eleger esposas e vice-versa, quem lá está deseja permanecer, tudo isso é claro, custa muito dinheiro e nós, os eleitores mortais, somos os artífices, nós os alimentamos com nossas escolhas.
Prestação de contas dessa dinheirama toda? Nem pensar, não há de faltar lugar para essa fortuna, receptores se acotovelam para ter seu quinhão, embora, certamente que uma pequena parte, o grosso, apenas o imaginário.
Trata-se de uma cumplicidade mórbida, somos cooptados por algumas migalhas, alguns momentos de êxtase para depois nos entrincheirarmos frente às desventuras polpudas dos eleitos.
Somos cúmplices do ciclo vicioso ferrenhamente defendido pelos políticos profissionais que, por possuírem uma capacidade cognitiva mais organizada e disciplinada que nós, se perpetuam naquela que talvez seja, no Brasil, a mais valorizada das profissões.
Somente necessitam do nosso voto, nada mais, 5,9 bilhões de reais talvez ainda seja pouco, vai depender do nosso voto, o dinheiro é nosso mesmo.
Afinal, quem são os culpados?
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