OPINIÃO
A segurança pública e seus algozes
Domingo, 20 de fevereiro de 2022
É lamentável que o povo mineiro testemunhe mais uma queda de braços entre os profissionais da Segurança Pública e um Governo. Não bastassem alguns tristes episódios ocorridos em tempos passados, provocados exclusivamente pela intransigência e insensibilidade dos governantes, mais uma vez a incoerência governamental coloca em xeque a lealdade e o compromisso de uma classe que não tem hora para trabalhar.
É comum assistirmos aqueles profissionais em ação, com ou sem qualificação ou com equipamentos obsoletos, sempre que as mazelas do Estado aparecem. Já é costume do mineiro ver os profissionais da Segurança Pública atuando em socorro a vítimas de desastres naturais ou em acidentes provocados pelo homem.
Para aqueles profissionais não existe condicionantes para sua atuação, não existe hora para seu retorno ao seio de sua família, eles cuidam da sua família em detrimento de sua própria, ele está onde ninguém quer estar.
Consta que esses profissionais são escolhidos dentre a própria população, consta também que são seres humanos, sujeitos às mesmas tribulações que o restante da população.
O eterno “jogo de empurrar com a barriga” parece não ter fim, entram e saem Governadores e a ladainha é a mesma, mudam-se somente os argumentos momentâneos e oportunistas que desonram a categoria, forçando-a a um embate que, em tese, é desnecessário.
Há sete anos essa categoria vem sendo massacrada em nome do “saneamento” das contas públicas, promessas vagas e discursos demagogos ofendem a nossa inteligência, mas ainda assim, essa valorosa categoria não se exime de cumprir sua promessa e seu compromisso com o povo mineiro.
Os arroubos de probidade não podem se impor a uma categoria de servidores com características muito particulares. A legislação sobre esses profissionais é muito mais severa e sua atividade rotineira os expõe a riscos iminentes a cada segundo.
É bom lembrar que manifestações como a que ocorrerá no dia 21 de fevereiro 22 são a “marca da cal”, ou seja, são atitudes extremas
sempre ocorrentes quando se esgotam os recursos diplomáticos, por assim dizer.
A insensibilidade demonstrada pelo atual Governo do Estado é preocupante, num mesquinho jogo de palavras a equipe de governo tenta atribuir à categoria os desmandos ocorridos ou ocorrentes.
É louvável que se convoque toda a população para um esforço no enfrentamento de crises, acredito que todas as instituições, governamentais ou não, oficiais ou não devem se unir nesse esforço, mas a partir do momento que esse ônus recaia em uma só categoria, algo precisa ser revisto.
O esmagamento das forças de segurança no Estado é recorrente, a cada governo, um pacote de maldades é apresentado, oportunos, em doses homeopáticas, mas sorrateiros, indicando uma orquestração perigosa que desestimulam e aparelham as instituições, gerando discórdias internas sempre abafadas com “tapinhas nas costas”.
A eterna luta pelo reconhecimento dos profissionais da Segurança Pública remete-as a uma umbilical dependência, da boa vontade dos Governadores de plantão, o que as vincula, inexoravelmente aos governos, e não ao Estado.
O “complexo de imperador” comum nos políticos brasileiros, salvo raríssimas exceções, parece não ter fim, ainda que tentem vender uma realidade paralela, quadridimensional, ainda praticam a velha política de distribuir migalhas a ponto de se tornar dependência.
“Nenhum príncipe pode ter segurança sem seu próprio exército, pois, sem ele, dependerá inteiramente da sorte, sem meios confiáveis de defesa, quando surgirem dificuldades. Nada é tão fraco e instável quanto a fama de uma potência que não se apoia na própria força.” (Maquiavel).
Paz e Luz.
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