Domingo, 06 de novembro de 2022

   Independentemente do resultado das eleições 22 anunciado pelo iluminado TSE, o processo eleitoral foi, no mínimo conturbado ou controverso.

   As manifestações populares demonstradas nas ruas não se confirmaram nas urnas, eu diria que, surpreendentemente, já que em pleitos anteriores, para diversos cargos, a vontade popular nas ruas foi indicativo decisivo, até mesmo quando a disputa era acirrada, o que não foi patente no presente pleito.

   Em que pese a preferência midiática por um candidato específico, por razões as mais diversas, somadas a pesquisas cada vez mais desmoralizadas, realizadas por verdadeiras empresas de marketing, a vontade popular parecia demonstrar outra realidade, o que não se confirmou.

   É inegável, até para os mais céticos, que as campanhas não foram equivalentes no que tange a direitos e deveres, as diretrizes pareciam ser diferentes e equidade comprometida, tudo sob o olhar vigilante do órgão fiscalizador, devidamente credenciado.

   Foi, sem dúvida uma eleição emocionante, das mais acirradas e truculentas, superando até mesmo a Constituição Federal, suspensa temporariamente pelo TSE, endossada pelo pleno do STF. Inimaginável em tempos de Estado de Direito defendido a unhas e dentes pela Constituição Cidadã de 88, aliás, não referendada pelo Partido dos Trabalhadores, assim, não seria obrigado a cumprir. Pelo menos é o que parece.

   Cumprir regras constitucionais é, antes de um direito, um dever de cada nacional, goste ou não de seu conteúdo, ainda assim, é dever, a desobediência dessas normas gera instabilidade jurídica e constrange os cidadãos. Isso quando tratamos de democracia, estado de direito, direitos fundamentais, somente nesse caso.

   Alguns termos como despiora, lisura informacional, desordem informacional, passaram a integrar o vocabulário de juridiquês, justificando alguns atropelos à Constitução sem nenhum constrangimento, o que oficializa, perante a comunidade internacional, que o Brasil nada mais é que uma republiqueta de terceiro mundo e é onde deve permanecer ad eternum.

   Até onde sei, todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido por seus representantes, escolhidos por sufrágio universal, esse poder foi exaustivamente outorgado ao representante máximo do país durante os últimos quatro anos, a soberania popular exigia e esperava o estrito cumprimento da Constituição, o que não ocorreu.

   Direitos foram vilipendiados, liberdades suprimidas sem que tivéssemos a quem recorrer, já que estávamos dentro das quatro linhas, aliás, outro termo esdrúxulo, e aqueles que estavam fora delas, prevaleceram com status de vencedores.

   Uma dura realidade que se consolidou passo a passo, arroubos de tirania foram ministrados em doses homeopáticas, indolor, com roupagem adocicada e convincente, sem resistência ou com resistência baseada em bravatas inconsistentes.

   Uma resiliência até hoje curiosa e inexplicável, confundida até como subserviência, cravou no coração dos brasileiros uma expectativa de que havia um controle da situação que se mostrou inócuo ou mesmo inexistente, legitimou nosso maior temor, a Constituição da República Federativa do Brasil é flexível, como nenhuma outra no planeta.

   A soberania popular foi absolutamente absolvida pela inércia e pela esperança. As políticas governamentais que alçaram o Brasil ao primeiro mundo foram naturalmente ofuscadas pelo charlatanismo populista dos ideais progressistas devidamente ombreadas com a Nova Ordem Mundial, um retrocesso que nos remete a um passado sombrio.

   A eleição acabou. Resta-nos agora lutar pelo futuro do nosso país e pela nossa liberdade. A LIBERDADE NÃO É VERMELHA.

   A soberania ainda é do povo. A vontade popular não pode ser superada, mas a vontade há de ser real, sólida e concreta. O BRASIL HÁ DE VENCER!

   Paz e Luz.

  

 


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Domingo, 21 de agosto de 2022

Escolhas
















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