Segunda, 19 de setembro de 2022

                                                        Misteriosamente, a política nacional apresenta conchavos intrigantes, inimagináveis, mas reais e ululantes. O que estaria por trás de tamanhas aberrações, geradoras de verdadeiros mostrengos político/partidários continua sendo uma incógnita, território hostil para pessoas de bom senso.

   Pode-se até alegar que se trata de acordos que buscam atender aos anseios populares, esforço para buscar o bem comum, espírito público, altruísmo e até mesmo humildade, mas não, na verdade é melhor que consideremos mistério, sobretudo diante das ameaças ostensivas que aqueles que ousam raciocinar sofrem no Brasil progressista.

   Ver inimigos ferrenhos se aliarem numa eleição vem se tornando comum, notadamente após o fenômeno do renascimento da direita conservadora que, exaurida, resolveu dar o ar da graça, exigindo transparência, liberdade e respeito aos valores humanos, qualificando o sentimento e a percepção do eleitor.

   Assim que se viram ameaçados pela nova onda da probidade, da honestidade e da vergonha, aqueles velhos mandatários, que se garantiam na base da corrupção e da vaidade, não tiveram  alternativa para sua subsistência a não ser se aliarem para, juntos traçarem novas estratégias para iludir seus “clientes” ou eleitores.

   Essas novas estratégias ainda dão certo, infelizmente, mas está a caminho do fim, tenham certeza. A derrama de dinheiro público ainda rega as práticas abusivas de ostentação e de flagrante compra de apoio político, especialmente em face da transição por que passa a população brasileira, marcada por uma ressaca da corrupção institucionalizada e por uma fraude que ceifou milhares de vida, com o nome de “fique em casa”.

   Ao reeditar uma velha prática utilizada na Alemanha Nazista no século passado, direcionando o mesmo discurso até a exaustão e impregnando nas pessoas as mesmas imagens e cores particulares, sempre com o uso e abuso do poder econômico, o marketing partidário e/ou particular escarnece e ofende a população, desrespeitando os limites do bom senso e da civilidade, tudo em nome da hegemonia no poder.

   É lamentável que em pleno século XXl, pessoas e grupos ainda insistem em deter o poder hegemônico sobre a maioria, colocando seus desejos e interesses acima dos valores éticos e humanitários.

   Os misteriosos conchavos são, por si só, poderosos aliados na consecução desses objetivos obscuros e até sórdidos quando submetem sentimentos e anseios ao julgo do poder econômico, buscando sempre o amparo nas imunidades oferecidas pelos cargos políticos, em outras palavras, compram, a um alto preço, sua legitimidade.

   Ninguém larga a mão de ninguém, essa é a premissa básica que ainda rege os conchavos oligárquicos espalhados Brasil afora.

   A dura realidade que nos cerca é ainda mais cruel quando estabelecermos um padrão comparativo com o período colonial, aquele mesmo período mórbido cujo fim custou o trono de um Monarca que o Brasil insiste em esquecer.

   Nossa liberdade, iniciada há 200 anos ainda está em andamento, ainda não é definitiva. A tendência de liberdade nunca nos abandonará, ela virá em seus mínimos detalhes, se tornará sólida e irreversível e vencerá as mazelas construídas por tiranetes que ainda resistem à evolução da raça humana.

   Portanto, os desmandos impunes proporcionados pela ilusória tentação de poder absoluto e perene estão agonizando, a nova era, em curso, os dissipará, quem viver verá.

   Paz e Luz.


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Domingo, 21 de agosto de 2022

Escolhas
















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