OPINIÃO
Do politicamente correto ao perfeitamente imbecil
Domingo, 28 de agosto de 2022
O processo de imbecilização do ser humano iniciou-se exatamente com a teoria da hegemonia cultural de Antonio Gramsci (1831-1937), onde defendia uma espécie doutrinação de escolas e universidades conforme a doutrina marxista da qual era adepto.
De um ponto de vista minimamente lógico, não existe uma maneira de doutrinar estudantes que não seja tolher-lhes a capacidade de raciocinar, dessa forma, inspirado na máxima leninista de “acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”, introduziu nos meios acadêmicos que a forma de pensar que os Estados ocidentais(capitalistas), usa as instituições culturais para conservar o poder.
Deturpando a capacidade cognitiva dos jovens, induzindo-os a não concluir ideias e pensamentos por si só, implantaria um processo de robotização praticamente irreversível nas futuras gerações. Um processo lento, paulatino e pragmático.
Os acontecimentos políticos, militares e econômicos do século XX foram profundamente benevolentes com as teorias do “filósofo” italiano e marcaram o início da era da hipocrisia cultural e da inércia cognitiva, dando vazão a um comportamento parametrizado por parte das sociedades, que mais tarde recebeu o agradável nome de “politicamente correto”.
As contínuas derrotas no campo político e no campo militar sofridas pelos ideais marxistas no final do século XX e início do século XXl confabularam para o início de uma nova era doutrinária, desta feita com maior ênfase nas teorias de Gramsci, haja vista o aperfeiçoamento das comunicações em massa e a germinação das sementes lançadas em meados do século passado.
Assim, deu-se início à era das “fofocas” ou “futricas” ou “candongas” que, baseadas em narrativas, falácias e maldosas ou escusas interpretações de frases soltas, retiradas ou fora do contexto original deturpando ou alterando lhe o sentido, tornaram-se peça de debates, de obras literárias e de imposições ideológicas.
Esse novo regime comportamental, ainda em gestação, o regime de policiamento da forma de falar, independente do ambiente em que se encontre, pegou-nos de surpresa, alguns desavisados, passaram a sofrer duras críticas, que já se tornaram acusações criminais, ainda que sem cominação legal, a ponto de serem cancelados, quando não condenados.
É bom que se esclareça que o termo cancelado ou cancelamento é uma fase da ocupação de espaço imposta pelo politicamente correto.
É bom lembrar também, que em certos países protegidos, num passado recente, por uma tal cortina de ferro e em alguns países onde ninguém quer se refugiar, as paredes têm ouvidos e são testemunhas de acusação.
As figuras de linguagem que tanto enriquecem a Língua Portuguesa passaram a constituir crime inafiançável, outro passo do processo de imbecilização que visa ceifar a capacidade cognitiva para diminuir ou exterminar a nossa Língua Pátria, encaixotando-nos na linguagem usual que dispensa a cultura e o saber, nos tornando sedentos por mentes privilegiadas, politicamente corretas, que pensem e decidam por nós.
A próxima fase é cancelar o humorismo, já que não se pode criticar ninguém ou nada fora dos padrões, como se fosse possível fazer piadas ou humorismo sem tecer críticas a pessoas ou fatos. Estamos fadados a nos tornarmos Ivan Drago, aquele personagem do filme Rock lV.
Bem ao estilo global, estaremos monitorados por um ponto no ouvido, que decidirá, censurará ou ditará as frases que devemos repetir mesmo nos encontros ou diálogos coloquiais.
Nossas conclusões nunca serão as mesmas, aliás, não serão conclusões, o processo definirá o roteiro de nossas falas politicamente corretas, com perfeição, a perfeição dos tolos.
“Bem vindes” ao século XXl !
Paz e Luz.
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