Domingo, 28 de janeiro de 2024

Caríssimo ledor(a), na Bíblia, o versículo que diz que somos mais que vencedores foi escrito pelo apóstolo Paulo. Ao falar sobre a segurança da salvação em Cristo, o apóstolo escreveu: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8:37). Mas também é verdade que muita gente aplica esse versículo com um sentido completamente estranho ao seu contexto.

Não é difícil encontrar alguém que pensa que esse versículo é uma promessa de que os crentes (aqueles que creem) podem conquistar tudo o que desejarem, afinal são mais que vencedores. Porém, esse versículo se refere a uma vitória que tem muito mais a ver com a ideia de “suportar”; de ser vitorioso na adversidade.

O foco desse versículo está na segurança do crente em Cristo, e não na satisfação de desejos pessoais. Sentir medo é supernormal e faz parte da necessidade humana seja como autoproteção ou escolha natural, você já percebeu como o mundo está repleto de pessoas com medo? Medos e angústias estão mais presentes na vida das pessoas do que imaginamos.

Muita gente vive em um estado de apreensão constante, como se viver fosse um peso a ser carregado dia após dia. Viver preocupado e inseguro não pode ser uma opção de vida. Se for seu caso, comece a combatê-lo a partir de agora. Não podemos confundir com um medo real, como quando se está em situações de risco de vida.

Claro que estará com medo se tiver uma arma apontada para você. Isto é normal! O que não pode é deixar que a insegurança tome conta de você por medos infundados. Àquilo que te paralisa. Que te engessa. O medo de não suportar as dificuldades à sua frente.

Clarice Lispector falou sobre o tema: “... o medo de viver, o medo de respirar. Com urgência preciso lutar porque esse medo me amarra mais do que o medo da morte. É um crime contra mim mesmo. Estou com saudade do meu anterior clima de aventura e minha estimulante inquietação...”.

Quando o medo está presente você fecha todas as portas, pois a insegurança faz com que a solidão seja mais suportável do que o enfrentamento da vida real. Você não pode ir para as situações achando que tudo já deu errado. Pode até ocorrer. Nem sempre tudo vai sair conforme queremos. Mas temos de tentar. Não se esconda! O medo, aquela emoção natural de cuidado, de proteção, de atenção com o que pode apresentar riscos, atualmente está se transformando em uma paranoia sem limites.

Já não se distingue a realidade da fantasia. São adultos pedindo ajuda a psicólogos para adquirir coragem de ir à festa da empresa porque têm medo de que algo dê errado, sentimentos desordenados. Um chefe assustado pode interpretar o interesse do funcionário em participar de um congresso como um sinal de que ele está procurando outro emprego ou, até mesmo, de que queira tomar o seu lugar.

O medo faz com que a gente interprete fatos simples como se fossem inimigos reais. Viver inseguro tornou-se um estilo de vida. Nossas perdas trazem um medo iminente e até inconsciente. Ninguém quer perder saúde, pessoas amadas, posição social, confiança etc. Quem vence recebe um status simbólico de sucesso, de perfeição, de êxito.

Mas o que está por trás dos dramas, derrotas, desencontros existenciais, enfim, no enfrentamento de nossos medos é o que nos impulsiona para o amadurecimento e para a evolução. Viver com medo não é viver. É sobreviver. Viver implica em correr riscos. Implica na possibilidade de nos expormos à rejeição e à perda. Implica sobretudo na possibilidade de experimentar emoções intensas. E isso é o que dá cor à vida de cada um; independentemente do seu percurso.

Não deixe que esse desânimo se torne excessivo, nem que a tristeza tome conta do seu coração. Mande esses sentimentos negativos embora da sua vida e substitua cada um deles por fé, esperança e perseverança. Você ainda vai conseguir alcançar os sonhos que procura, e conquistar a felicidade que tem andado um pouco longe do seu coração. Confie que tudo pode mudar e jamais deixe de lutar! Faça sua parte. Doe-se sem medo. Você tem o que mostrar. Descubra-se. Paz&Bem.


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