Domingo, 11 de setembro de 2022

Por; TOHRU VALADARES

Caríssimo ledor, vida religiosa, qual o real entendimento que podemos ter sobre esse termo? Muitas das vezes rotulado e diversas vezes erroneamente flexionado, seja para distinguir um grupo, defender ideologia de atos ou até mesmo justificar ações desempenhadas, a menção ao termo vida religiosa é muito mais ampla e complexa do que possamos imaginar. Sempre que utilizamos o termo, ora de forma discriminatória, ora de forma a delimitar um conjunto de ações, necessita-se ater da responsabilidade social em conhecer um pouco sobre a realidade do outro, não porque seria bom, mas para uma saudável convivência em comunidade. Vivenciar uma vida em meio a tantas tribulações cotidianas que giram em torno das experiências individuais e ou coletivas vivenciadas no meio em que vivemos, é uma arte bastante difundida e tomada como plano principal, ainda que uma ação natural e instintiva do ser humano, dentro das mais variadas teorias sobre o desenvolvimento da vida, seja da forma evolutiva ou criacionista, nós somos aquilo que resulta nossas ações. Somos animais racionais e bastante territoriais, necessitamos reverenciar, rotular e expressar de forma ideológica, individual ou coletiva nossas vivencias, contemplando como resultado as experiências absorvidas, vividas ou sentidas. Alguns enxergam a vida religiosa como um retiro do mundo, excluindo tudo ao redor e vivendo somente para tudo aquilo que for relacionado ao sagrado, para outros uma vida religiosa é simplesmente uma projeção dos ensinamentos adquiridos junto a instituição religiosa frequentada, ainda que ortodoxamente ou esporadicamente, são nessas horas onde pode acontecer a perda do termo para as nomenclaturas impostas ao mesmo. Se houver uma observação por parte da ciência o termo seria facilmente conceituado de forma racional, no entanto, sem um fechamento que pudesse explicar dentro dessa racionalidade cientifica sua origem ou fim dentro de uma razoável lógica. Ele se expressa dentro da religiosidade, sua origem seria explicada em torno de um aspecto de fé, onde sua gênese e fim teria uma explicação teocêntrica que responderia todas as perguntas sem ao menos ter respostas, simplificando esse emaranhado confuso da razão religiosa conhecido como fé. A ideia de algo que possa ajudar ou contribuir para o desenvolvimento humano e que saia do âmbito tecnológico ou da esfera da racionalidade, já é, por si, um fenômeno sobre natural, ao falarmos sobre vida religiosa, esse sobre natural potencia de forma intensa e efusiva, porque também elencamos uma vida religiosa a uma forma imaculada de viver e conviver dentro da sociedade. A religião tem por sua origem o resultado mais comum dentro da comunidade teológica e filosófica. A palavra “religião” vem do latim, e nasceu de ‘religio’, que significa “respeito pelo sagrado”. Outra etimologia que é discutida é da palavra ‘religare’, também do latim, que significa atar ou ligar com firmeza. Pensando e analisando esses resultados, uma vida religiosa é de fato uma vida de respeito, considerando tudo que existe como sagrado e utilizando um religar, qual seja, uma conexão entre tudo e todos. Imaginemos o quão bom seria viver em uma sociedade onde todos se respeitassem e de certa forma fossem interligados por um bem comum que seria o respeito em comum com o ato de considerar sagrado tudo e todos? A partir desse texto, todos nós possamos contemplar em comum entendimento sempre que fizermos a referência ao termo ou expressão ‘vida religiosa’, que seja uma menção respeitosa e faça uma referência de uma vida de respeito com tudo e todos, evitando nomenclaturas discriminatórias ou pré-condenarias sendo uma ótima forma de viver respeitando o outro ao nosso lado. P


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