OPINIÃO
Salário não é favor
Domingo, 20 de fevereiro de 2022
Conservar carne sempre foi uma necessidade humana. Quando descobriram que sal é excelente pra isso, o valor do sal cresceu muito, tanto que passou a ser cobiçado por soldados romanos. Logo, logo, os militares passaram a receber o pagamento em sal, disso surgiu a palavra salário. Hoje o termo significa: a representação da infinita capacidade de um mês durar, em relação, a também, infinita capacidade que o dinheiro tem para evaporar, sem deixar rastos, em poucos minutos. O salário não é um favor, mas por que isso é importante?
O que diferencia uma pessoa livre de um escravo é que o livre pode fazer o que quiser com seu tempo. Reparou? Tudo é uma questão de tempo e vontade. Graças a Deus e com luta de muitas pessoas boas, o trabalho escravo foi substituído por trabalho livre. Mas o que é Isso, trabalho livre? A resposta resume em dois fatos: primeiro, alguém livre precisa de uma ajuda qualquer; segundo, outra pessoa, igualmente livre, aceita realizar essa ajuda, em troca de um pagamento. A lógica é a seguinte: o trabalhador deixa de ser livre, por um tempo limitado; o empregador, em compensação, deixa de ter liberdade sobre valor correspondente do dinheiro que combinou, dando a propriedade dele para o trabalhador, ao fim do tempo determinado. Notou? Trabalho é tempo de liberdade perdido para fazer algo que outra pessoa deseja, ou seja, tempo é dinheiro. Ou melhor ainda, a liberdade é dinheiro.
A relação de tempo, liberdade e dinheiro; não é bem compreendida no imaginário do brasileiro. Se essa noção fosse corretamente massificada e forte, algumas definições seriam inevitáveis de serem compreendidas, como: o tempo de alguém vale muito, ele só tem uma vida, uma única oportunidade de ser feliz; o salário deve corresponder ao esforço feito, salário injusto é um tipo de escravidão; sendo assim, para um empregador deixar que o salário seja corrompido, pela inflação, é algo tão horrível quanto um desgraçado que queira escravizar outro, o que dizer de um estrume desses? Pois então, por que a relação de tempo, liberdade e salário é tão mal compreendida no Brasil?
Desde que a monarquia brasileira foi golpeada em 1889, se perdeu 67 anos de fomento a iniciativa privada. Os Marechais, inaptos com a política, resolveram tomar o caminho oposto ao dos imperadores. Fomentou o crescimento do estado e intervencionismo deste na economia, aliado a criação de um estado assistencial, que estranhamente tira dos pobres para dar aos ricos. Com a centralização da educação, promovida por Getúlio Vargas, o trem desandou de vez. Desde então, o MEC (ministério da educação) fazia questão de doutrinar, criando já nas criancinhas, a ideia de um estado “pai dos pobres”, que de pai não tem nada, mas possui, sem dúvidas, gorduras de uma baleia jubarte. Com um poder desses de poluir o imaginário e corromper consciências, o estado se agigantou. Esmagou quase toda capacidade das pessoas de criar riqueza. Já dizia Adams Smith, “a liberdade é a riqueza das nações”. Resultado, economia deprimida, pouca liberdade, pouca oportunidade de emprego. Com fome, o empregado aprendeu a agradecer por cada migalha que recebia. Esperando todo ano um novo decreto de aumento do salário mínimo, vindo do todo poderoso Estado Papai, aumento sempre acompanhado do dobro do aumento do custo dos alimentos. Vida triste.
Uma pessoa deve receber um salário justo pelo esforço que realiza. Essa é a base econômica da civilização. Sem as ideias de justiça, liberdade e trabalho livre, certamente, tudo de valor dessa sociedade estará em risco, isso inclui o papai. Ou seja, uma vida sem sal, sem graça, com meses infinitos e com muito choro de criança com fome, como disse o capitão nascimento do filme Tropa de Elite: “vai da merda”, pois não é possível tratar homens livres como escravos e algo bom sair disso. O salário é do trabalhador não é favor.
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