Quinta, 16 de junho de 2022

Aqui no Jornal GV News tenho através dessa coluna denunciado um período de exceção no Brasil. Onde: jornalistas foram banidos, deputados presos, bens de cidadãos confiscados, jornais censurados, entre outras violações de direitos humanos. Tenho, com cuidado, tentado opinar sobre esses fatos perigosos de maneira irônica, com humor e acidez. Agora, até quem fim, o jornal “O Globo” parece ter acordado para esses fatos, publicando uma coluna com tom de editorial. O soberano rei da calvície mexeu com o PCO, isso foi a gota d’água.

PCO (Partido da Causa Operária), esse partido é um sarcófago do século XIX. Comunista radical, prega a implantação violenta da ditadura do proletariado. Ideologia nefasta e impraticável. Mas mesmo com essas ideias absurdas os dirigentes do partido preservaram um certo senso de perigo. Eles denunciavam o surgir de uma ditadura de toga no Brasil atual. Argumentam que hoje as vítimas eram os conservadores/liberais (inimigos naturais do PCO), temiam ser eles as próximas vítimas. Dito e feito, a "calvíciocracia" togada chegou.

O PCO foi banido das redes socias. Após isso, o jornalismo tradicional brasileiro, que mesmo vendo o poder crescente dos Supremos Deuses da República e permanecendo calados. Isso por atingir os "malvados" (pra eles) apoiadores de Bolsonaro. Entretanto, com a chegado do arbítrio ao PCO (os revolucionários bonzinhos do paredão de fuzilamento) sentiram a água bater na bunda, com perdão da palavra. Perceberam que falharam ao empoderar demais os juízes. Perceberam, ainda, que cedo ou tarde, Bolsonaro passará, mas os togados, meus amigos... Esses não passarão tão fácil.

Feito a merda,  precisaram agir, fizeram um editorialzinho. Agora... queridos... É tarde! A calvíciocracia já está implantada. Na atual situação já é constitucional: inquéritos infinitos, processos sem ministério público, escolha do juiz do caso, prisão sumária de dissidentes, cassação de parlamentares, flagrantes eternos, supressão do Poder Legislativo, e, muito, muito mais... A moral do absurdo foi normalizada. Agora a exceção é a regra. A regra, por sua vez, é a vontade arbitrária de poucas pessoas. E, o PCO foi a fronteira que doeu nos jornalista, porém, não foi a primeira e seguramente não será a última, não se pode prever o dano que isso causará. O regime “ademocrático” agora é a lei. Vocês queridos jornalistas, deixaram isso ocorrer.

Como disse Martin Niemöller: "Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..." Ontem foram os apoiadores de Bolsonaro, hoje o PCO e amanhã... Certamente será o jornalismo.


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