Domingo, 23 de outubro de 2022

Com a eleição desse ano a religião tornou ponto central do debate político. Uns abominam, outros incentivam. Faltando uma semana para a decisão mais importante da história do  Brasil, é urgente compreender bem essa relação de igreja e política.

Não se tem notícias de uma sociedade que atingiu um grau de evolução e que não tenha tido uma base religiosa. A religião sempre atuou como cola de pessoas em prol de uma ideia de mundo.

O que significa isso? Simples, as pessoas buscam uma conexão com algo metafísico, algo fora do mundo natural, que dá sentido a existência. Os cristãos, por exemplo, acreditam na existência de um Deus que tudo fez e que conduz a humanidade para uma vida eterna.

São vários tipos de credos. O elemento social disso é que a fé presume um objetivo, que é um caminho ideal para que o ser humano crente possa atingir a plenitude. Aí é que tá, essa fé acaba criando um ideal de vida. Quem segue sua vida conforme esse ideal passa a ser reconhecido como bom, quem se afasta acaba sendo mau. Pronto, com o passar das gerações se cria uma moral. E essa senhora, a moral, é a fonte das normas.

E onde está a política nisso? Sobre a palavra norma te diz algo? Então... Política é um sistema de distribuição de poder, onde alguém abre mão de uma liberdade para ceder a outro, assim são feitas as leis, normas. Note que, ninguém daria poder para alguém que o reconhece como absolutamente mau. Já pensou eleger um ladrão por exemplo? Uma pessoa imoral não conseguiria liderar, e, consequentemente, não consegue determinar as regras. Já deve ter visto essa expressão “você não tem moral pra cobrar isso”.

Existe até um jeito pra  exigir obediência sem que se tenha amparo na moral, a força. Porém é caro e trabalhoso, ineficiente por não motivar a cooperação entre indivíduos. Sociedades livres tendem a evoluir mais rapidamente.

Tá aí a relação, a política é uma consequência da moral, essa por sua vez, é criada pela ideologia religiosa comum em uma área.

A eleição no Brasil esse ano é a disputa por dois sistemas morais diametralmente opostos. A moral cristã, com seus valores e a moral revolucionária maxista. A cristã tem 2.000 anos de tradição, aos poucos transformou o mundo, evoluindo a própria noção de humanidade e permitiu a descentralização política e a própria democracia. A marxista é relativamente nova, fundada em 1848, por onde foi implantada causou a degradação social e econômica. Gerando pobreza, fome, autoritarismo centralizador, desumanização de indivíduos, conflitos e mortes, milhões de mortes.

Esse ano a religião e a luta contra ela, é a causa da polarização. Não é possível deixar de discutir isso nos púlpitos. É a própria sobrevivência da religião que está em jogo.


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