OPINIÃO : Rússia, Ucrânia, OTAN e seu bolso, por Ricardo Dias / Jornal GV News

Domingo, 13 de fevereiro de 2022

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										O governo dos cidadãos americanos orientou a saída, urgente, da Ucrânia. A Rússia posicionou tropas suficientes para conquistar o país. Seria uma nova guerra entre duas potências na Europa? Seria uma reedição do infernal século XX? O que seu bolso tem haver com isso?

A Ucrânia apenas conseguiu sua independência política, de fato, em 2013. Na ocasião a sociedade ucraniana queria que o governo fizesse a aproximação com a União Europeia. O presidente na época era uma marionete do czar russo, Vladmir Putim. Esse, por sua vez, não gostou  de perder a influência, já de cara, tomou a Criméia da Ucrânia. Esse é o conflito de fundo. Tem mais coisas envolvidas.

Já em 2022, uma série de eventos têm provocado a tempestade perfeita na região. O fato que, possivelmente, mais moveu as peças no tabuleiro político foi que: o exército ucraniano conseguiu destruir posições de rebeldes na província de Donbass, leste ucraniano, com drones ante tanque. A demonstração de tecnologia coloca em risco a maior vantagem militar dos russos, os blindados. Além disso, Putim está com baixa popularidade, seu governo anda mal das pernas, uma guerra faria bem. Igualmente, Joe Biden presidente dos EUA está mal, inflação recorde, o fiasco no Afeganistão, a senilidade evidente, um conflito poderia melhorar a imagem dele na opinião pública. Também, atuando de longe a China torce pelo conflito Europeu, já que é uma ótima oportunidade para ela invadir Taiwan. Mesmo com suas diferenças com Moscou, Pequim resolveu neutralizar a diplomacia europeia, ao comprar todo o gás natural Russo. Os europeus nada podem fazer, ou passam frio sem gás, ou perdem a Ucrânia.

E seu bolso? Bom... Note que o simples rumor de guerra é suficiente para que quem quer investir, escolha outro momento pra isso. Adiando a construção de fábricas, navios, refinarias de petróleo, em fim, prejudicando a quantidade de produtos no mercado. Sobre isso, já se vive o reflexo da pandemia com: energia cara, transportes de produtos parados, desabastecimento até de alimentação. Na lei de oferta e procura, quando falta produtos os preços sobem, reduzindo o poder de compra. Se com o rumor de guerra, você já está comprando menos que antes, caso ela estoure, se prepare, esses problemas serão muito pior, principalmente, o preço dos combustíveis.

A boa notícia, o comércio global é capaz de exercer tanta pressão nesses dois meninos brigões que a guerra nem deve ocorrer. Os adultos precisam pagar as contas, não tem tempo para disputar quem recebe mais likes nas pesquisas de opinião. Mais uma vez a liberdade de comércio pode ter salvo o planeta.

Engenheiro de produção; analista político, econômico; especialista em gestão estratégica empresarial; pesquisador autônomo filosofia, direito e ação humana; amante de jornalismo.

O governo dos cidadãos americanos orientou a saída, urgente, da Ucrânia. A Rússia posicionou tropas suficientes para conquistar o país. Seria uma nova guerra entre duas potências na Europa? Seria uma reedição do infernal século XX? O que seu bolso tem haver com isso?

A Ucrânia apenas conseguiu sua independência política, de fato, em 2013. Na ocasião a sociedade ucraniana queria que o governo fizesse a aproximação com a União Europeia. O presidente na época era uma marionete do czar russo, Vladmir Putim. Esse, por sua vez, não gostou de perder a influência, já de cara, tomou a Criméia da Ucrânia. Esse é o conflito de fundo. Tem mais coisas envolvidas.