Domingo, 30 de janeiro de 2022

A palavra glorificação não é normalmente usada na sua vida cotidiana, por isso, ao vê-la, inconscientemente, você buscou o significado na sua imaginação, mas o que encontrou foi impreciso. Isso ativou uma cadeia de sentimentos e sensações que você interpretou como curiosidade. Provavelmente foi isso que estimulou a ler até aqui. O título foi propositalmente escolhido por uma razão: mostrar que sua mente pode ser programada a fazer, ou deixar de fazer algo; através da programação neurolinguística. Entenda mais.

Os fundamentos dessa técnica remontam a década de 70, estudiosos conseguiram observar que quando técnicas eram aplicadas, as pessoas reagiam de forma previsível. Por hora, deixe as bases de lado, observe como é fácil manipular alguém.

Técnica Rapport

 Sabe quando alguém olha para o outro e já há uma empatia quase que imediata? Pois é, estudaram isso. Descobriram que pessoas tendem a gostar de outras pessoas quando elas pareçam de alguma forma uma com a outra. A técnica de programação neurolinguística consiste em espelhar o visual, o comportamento, o tom de voz, as mesmas palavras de alguém; obtendo assim uma empatia com ela.

Técnica Ancoragem.

Senti o gosto da comida da mãe, o cheiro de alguém, o toque; isso tudo são sensações que estão associadas a um sentimento. É possível manipular o comportamento de alguém apenas manipulando as sensações dela. Isso ocorre quando uma loja mantém um cheiro determinado, ou quando alguém usa linguagem corporal fazendo sinais sutis para alguém concordar ou discordar, apenas balançando levemente a cabeça ou meramente desviando o olhar.

Técnica Swish

O pensamento é basicamente memórias e imaginação. As pessoas ficam projetando cenários antes de agir, um diálogo intenso e veloz com várias versões de si. Dificilmente uma pessoa que não sabe nadar pula em um lago profundo, pois, na negociação interna, o risco, quase certo de morte, disparará a sensação de medo. Simbolicamente, para essa pessoa água passa a ser relacionado a medo. É possível manipular isso, criando associações de um fato a uma tragédia, ou ao uso de palavras gatilho, que provocam uma sensação. Por exemplo, uma revista nacional usou o termo “despiora” se referindo a melhora nos dados econômicos. Claramente, o objetivo era impedir no público as emoções encadeadas pelo termo “melhora” que dispara diversos gatilhos emocionais. Aparentemente, a intenção da revista era posicionamento político contrário a quem melhorou a economia.

Em fim, o que observamos foram três técnicas da programação neurolinguística, demonstrando que é possível a manipulação de ações. Se isso é ético? O que importa por hora é que o debate é longo e difícil. Entretanto, para uma pessoa que quer se manter livre é preciso ter consciência que: suas decisões podem ser, na verdade, decisões de outros. Se leu até aqui o gatilho do termo “glorificação” funcionou, perfeitamente. Isso é assustador.


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