OPINIÃO
Tragédias agendáveis
Domingo, 16 de janeiro de 2022 ( Atualizada em 16/01/2022 às 17:37)
Tragédias agendáveis
Nesta temporada houve uma surpresa, a chuva que, normalmente, cai no Sul de Minas, caiu uns 1000 km mais ao norte e inundando o Sul da Bahia. A segunda onda de chuva foi mais regular, caiu onde normalmente se cai, no centro mineiro. O fato é que, tirando mil km pra lá, ou pra cá, todo ano irá chover torrencialmente em um ponto da nossa região. Concorda? Tá... Sabendo disso, fica a questão: por que mesmo sendo as chuvas relativamente agendáveis, isso provoca tragédias e emergências?
A questão é simples, o problema é planejamento. O clima não é um relógio exato, porém, também não é totalmente caótico, existem padrões previsíveis. Quando uma obra de engenharia é bem planejada, esses padrões são respeitados. Uma ponte, por exemplo, é reforçada para suportar a pior chuva na região em 100 ou 200 anos, e por aí vai. O mesmo deveria ter ocorrido com as cidades, mas não foi. Devido, principalmente, a pressão política sobre administradores, aliada a baixa qualidade deles, principalmente, devido a falta de responsabilidade. Isso mesmo... A causa principal de ocorrência das tragédias sazonais, evitáveis, é a falta de responsabilidade dos atos políticos. No sentido estrito da palavra responsabilidade como: obrigação de responder pelas ações próprias.
Mas que raios de culpa teria um prefeito sendo a chuva um evento natural? Simples, administrar é também prever esses riscos. Os prefeitos antes de deixar construir um bairro em um local deveria os saber. Geralmente sabem todos os riscos, são informados por técnicos. Mas tente se colocar no lugar do prefeito. Imagine, ele vê o povo invadindo uma área próxima ao rio, alagável em uma média de 1 vez a cada 10 anos; ele tem duas opções: ouvir o conselho técnico para impedi a invasão, desgasta sua popularidade e perde a eleição; ou, faz vistas grossas e se reelege. Considere que quando a tragédia vier, ele não será mais prefeito. Entendeu? Ele só tem responsabilidade pelo curto prazo. Essa é a origem de muito mal na política brasileira. Falta de responsabilidade de longo prazo.
Caso ele respondesse pelos atos, mesmo depois do mandato, talvez ele teria uma preocupação maior com a segurança das próprias decisões. Certamente a qualidade das decisões seria maior. Haveria mais respeito a técnica, a experimentação, a coordenação e controle dos serviços públicos.
Trazendo para a realidade de Valadares, caso os prefeitos fosse responsabilizados pelas consequências de seus atos, talvez não existiria o bairro Ilha dos Araújos, nem uma boa parte da cidade próximo ao Rio Doce, essas áreas não poderiam ser usadas como área residencial. Haveria, em compensação, muito espaço para parques e áreas de convivência, certamente a cidade teria outra cara. Entretanto, essa cogitação só é útil para pensar no futuro. A população do passado escolheu as tragédias agendáveis, prejuízos e viver próximo do centro. Não houve ninguém para os convencer do contrário, agora a consequência é dura e previsível.
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