Domingo, 13 de agosto de 2023

por Ricardo Dias

Colunista político

O furacão, uma força implacável da natureza, é capaz de arrancar estruturas, desmantelar construções e alterar a essência de um lugar. No entanto, ele também pode se dissipar repentinamente. Essa analogia se aplica aos ventos fortes que têm afetado a economia brasileira nos últimos dias. Fica a incerteza: será um alarme falso ou devemos temer?

Tempestade no Comércio

O setor comercial, a espinha dorsal da economia doméstica, enfrenta uma situação delicada. Desde o início da pandemia de COVID, apenas três anos se passaram, mas a tempestade de 2023 mostra-se implacável, resultando em uma queda de 16,8% no primeiro semestre. Esse é o pior desempenho em duas décadas até maior que a pandemia.

Tempestade Energética

A Petrobras parece ter decidido eliminar a concorrência na importação de combustíveis, uma prática conhecida como "dumping". Ao manter artificialmente os preços baixos, a estatal está dificultando a competição para os concorrentes nacionais, que enfrentam a ameaça de falência. O governo atual sempre defendeu o monopólio, favorecendo a galinha dos ovos de ouro pública. Mas essa prática tem seus custos. Os ventos do mercado estão começando a soprar forte. Recentemente, Minas Gerais enfrentou escassez de diesel, e um cenário de desabastecimento torna-se uma possibilidade real. A tempestade perfeita parece se formar.

Tempestade Fiscal

O resultado das finanças governamentais, a diferença entre os gastos e as receitas da sociedade, é chamado de resultado fiscal. Pode ser um superávit ou um déficit primário. Enquanto o governo anterior encerrou com um superávit de 125 bilhões, o governo atual, autorizado a contrair 100 bilhões de dívida, já anunciou que excedeu essa quantia em 145 bilhões. Os investimentos estão sendo injetados em ações que não contribuem para o aumento da produtividade. Portanto, a arrecadação precisará aumentar, uma vez que o crescimento econômico não é sustentável.

Tempestade na Bolsa de Valores

Uma situação semelhante não ocorria há 28 anos. Grande parte dos investidores nas empresas brasileiras são estrangeiros, movidos por cálculos de risco e oportunidade. O Brasil é conhecido por ser um país de risco, e nos últimos dias, esses investidores têm se retirado, levando consigo seus dólares. Eles sabem de algo, que nos brasileiros estamos ignorando. O que será?

Podemos concluir que sinais perigosos envolvem a economia. Se esses sinais se transformarão em um furacão perfeito, não podemos prever. No entanto, por precaução, é importante proteger suas janelas.


Mais artigos do(a) autor(a)



















































Warning: Undefined array key "acessos" in /home1/jorn3419/public_html/artigo.php on line 348