(*) por Luiz Alves Lopes

Não importa se parodiando Martin Luther King ou o grupo ABBA. “Eu tenho um sonho” é de magnitude impar e se coaduna com caminhadas terrenas de pessoas de bem, comprometidas e ávidas por verem um mundo melhor, mais humano e descente.
Se no discurso marcante de Martin Luther King se buscava incessantemente a “igualdade” em todos os sentidos da vida, a música do quarteto sueco registrou a crença na existência dos ANJOS. Anjos bondosos...
É preciso sonhar. Sonhar um sonho possível. Para tanto há a necessidade de levar o barco para águas mais profundas, indo mar adentro sem medo de ser feliz. É bíblico, ainda que sendo muitos os convidados, quase ninguém tem tempo. 0lha aí Bolivar.
Saindo do singular e passando para o pluralismo grupal – o Pingo D’Água é um grupo, podemos e devemos recepcionar os sonhos dos inicialmente citados para dizer, gritar, registrar e tentar valer a máxima de que “temos um sonho...”.
Vivemos em um mundo em que a desigualdade alcança patamar reprovável e repugnante. Poucos se dão conta, em especial os detentores do poder, os poderosos e os que ditam normas em todos os sentidos. Prestarão contas...
Vivemos em sociedade. E na sociedade quem é o nosso próximo? Apenas os bonitos, os poderosos, os importantes e os que estão acima do bem e do mal? E os humildes, pobres e deserdados?
Repitamos todos: “é preciso sonhar”. Sonhar que dias virão em que as desigualdades serão atacadas na busca do equilíbrio humano, ético e decente, usufruindo de uma trajetória humana na qual todos se abraçarão, independentemente do credo, raça, cor, ideologia, escolha política e tudo mais.
É preciso sonhar...e fazer algo; alguma ação que possa trazer melhorias para os mais sofridos, dando-lhes um mínimo de dignidade enquanto seres humanos. Possível sim, respeitadas normas, princípios e a ordem constitucional.
Estamos em um ano político. Propício sim para se discutir, debater, reivindicar e conhecer posicionamentos e propostas dos postulantes a cargos no executivo e legislativo municipal.
As Instituições de Longa Permanência de Idosos-ILPI’s continuarão de pires na mão? A Assistência Social continuará desprovida de uma política própria da pasta? A humanização no atendimento ao munícipe nos órgãos públicos continuará a ser uma de nossas maiores mazelas?
Pobre Carta do Doutor Ulisses, fruto de dedicação incomum pouco lembrada e valorizada e que a cada dia vê páginas e páginas serem rasgadas, normas e normas, direitos e direitos serem postergados sob frieza e cumplicidade de muitos.
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Sim, é preciso sonhar. E dizer a todos do nosso sonho que objetiva ver, prioritariamente, um percentual altíssimo de “boleiros” da velha guarda, não importando a modalidade esportiva, usufruindo da justa, merecida e devida assistência estatal a que têm direito. Não é um favor.
“I have a dream”- Eu Tenho um Sonho. Um sonho que deve ser de todos ou pelo menos de muitos, objetivando ver o sorriso alegre no rosto de muitos dos nossos. Em ver olhares alegres e contagiantes por parte de outros tantos. E ver dignidade como regra e não como exceção a nosso redor.
(*) Ex-atleta

N.B.1 – Vivemos em um país complicado. 0 cidadão é desrespeitado e ridicularizado e nada acontece. Segurança é coisa séria, porém cancelar um espetáculo em cima da hora é de amargar. As tais autoridades...fazem o que bem entendem.
N.B.2 – Força, muita força para Jairo Taborda e seus familiares nesta hora e momentos atuais. Radialista ético, decente, prestativo, interessado e participativo, a quem o esporte valadarense muito deve.