Por Raimundo Santana

Editor

Na última quinta-feira, 24 de março, completou três meses que a jovem Dleyce Santiago saiu de casa para ir ao banco sacar um dinheiro para emprestar para sua mãe e nunca mais voltou. Não era um dia 24 qualquer, mas sim, véspera do Natal de 2021, e todos os preparativos da ceia estavam sendo providenciados em sua casa, na cidade de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço.

Ao complementar 90 dias sem o retorno de sua filha para casa e sem receber nenhuma informação oficial da polícia se ela continua viva ou morta, a mãe da jovem, de então 24 anos, Jaqueline Santiago, concedeu entrevista emocionada por vídeo ao jornal Diário do Aço, de Ipatinga, na qual ela conta todo o seu sofrimento de mãe e o sentimento de impotência de ainda não ter uma resposta para tantos questionamentos que passam por sua cabeça.

De forma clara, sem rodeios, ela não poupa críticas ao trabalho policial que, para ela, não demonstra muito interesse em fazer uma investigação mais minuciosa. Ela também traça o perfil da filha afirmando que ela era temperamental, tinha muitos amigos, mas também colecionava inimigos por causa de sua franqueza e forma de pensar e agir.

O Jornal GV NEWS vem acompanhando este caso desde janeiro deste ano e já divulgou diversas entrevistas com Jaqueline nas quais ela sempre demonstra que já aceita a morte da filha, apesar de achar que ela poderá abrir a porta de sua casa a qualquer momento e voltar à sua vida normal com ela, o marido e seus filhos.

O que ela exige como mãe, e se acha nesse direito, é uma informação oficial da polícia sobre o óbito da filha, com um corpo, ou restos dele, a causa e o responsável. “Não aceito a decisão da polícia em encerrar o caso afirmando que minha filha está morta e não apresente provas e nem as justificativas para isso”, se revolta.

Assista a entrevista: