Domingo, 20 de abril de 2025



                                                Por: TOHRU VALADARES

Caríssimo ledor(a), segue o texto da semana passada, o sangue de Jesus é o preço pago para nos resgatar da escravidão do pecado. O preço foi pago de uma vez por todas e, hoje, somos livres. Fomos resgatados e libertos pelo sangue de Jesus (1Pe 1:17-21; Ap 1:5-6).

Além de pagar o resgate, o sangue de Jesus nos lava dos nossos pecados, nos tornando limpos e apresentáveis perante um Deus santo e puro.

O sangue de Jesus nos justifica contra toda e qualquer acusação da lei ou do pecado contra nós (Rm 8:33). E ele é também o sangue da propiciação, ou seja, ele apazígua a Ira divina que deveria ser descarregada em todo aquele que foi liberto pelo sangue.

Se a Páscoa judaica culmina em um êxodo, a Páscoa Cristã também. Jesus não nos libertou do pecado para vivermos livres nessa terra, mas para termos livre acesso ao Pai e podermos viver a eternidade com Deus.

Todo Cristão sabe que está aqui de passagem, sua esperança está de fato na vida porvir, que será “incomparavelmente melhor” (Fp 1:23) onde finalmente se relacionará com Deus face a face.

É essa a Terra Prometida, é para entrar nela que o Senhor nos libertou. Uma terra sem lágrimas, luto ou morte (Ap 21:4); uma terra sem mentira ou abominação (Ap 21:27); onde o Senhor será nosso Deus e nós os seus filhos (Ap 21:7).

Se a nossa esperança em Cristo está nessa terra e não na que está por vir, somos os mais infelizes dos homens (1Co 15:19). Porém existe uma diferença marcante entre as duas páscoas. A ressurreição de Jesus é o que mostra, de fato, a sua vitória sobre a morte.

É porque Cristo ressuscitou que podemos crer que existe a vida eterna, em seu Senhorio sobre todo o universo, sua divindade e a convicção de que todas as suas promessas serão cumpridas. “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Crês isto?” (Jo 11:25-26).

É essa ressurreição o fator determinante, que faz o Cristão se render totalmente e viver e morrer para Cristo, para sermos semelhantes em sua vida e morte, para também o sermos em sua ressurreição.

Agora estamos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus (Rm 6:5-11). Esse é o grande e verdadeiro significado da Páscoa. Que Jesus Cristo se entregou por pecadores, nos libertou da escravidão do pecado e nos prometeu um novo lar, uma nova Terra Prometida.

Eterna! Tudo o que aconteceu na Páscoa hebraica, predizia e apontava para a vinda do Messias. Ele nos libertou e nos convida para uma vida eterna com ele. Mas creio que você esteja se fazendo uma última pergunta, certo?

E quanto ao ovo? Onde o ovo entra nisso tudo? O Ovo de Páscoa também é mais antigo que Páscoa Cristã, que representa a fertilidade e o renascimento da vida. Em várias culturas a troca de ovos era um costume que celebrava o início da primavera. Nesses ovos eram pintados desenhos e gravuras coloridas.

Essa tradição ainda é muito comum em vários países. Embora aqui no Brasil, optamos por trocar ovos de chocolate. Quando os Cristãos começaram a celebrar a Páscoa, eles se apropriaram do elemento do ovo como uma representação da ressurreição de Jesus.

A tradição dos ovos de chocolate veio dos Pâtissiers franceses que, segundo consta, preenchiam ovos de galinha com chocolate antes de pintá-los por fora. É normal vermos na história a apropriação de elementos pagãos em festas cristãs, isso acontecia pela preocupação dos clérigos de conquistar novos fiéis.

Fato é que os coelhos também são figuras populares na representação da fertilidade e da vida. Concluímos então que o coelho e o ovo nada tem de representação bíblica para a festa da Páscoa.

Apesar disso, eu recomendo (e muito!), que você troque os seus ovos e curta o momento. Porém lembre-se que os verdadeiros elementos para celebrar a Páscoa estão na ceia do Senhor.

O cálice, que representa o sangue e o pão, que representa o corpo do Senhor. O próprio Cristo nos ensinou, na Páscoa mais importante de todos os tempos, enquanto ceava, que fizéssemos isso em sua memória.

E toda vez que o fazemos, anunciamos a morte de Cristo até que ele venha. Que nessa Páscoa nos venhamos recordar do verdadeiro significado da Páscoa, saibamos que somos livres pelo sacrifício da cruz, por meio de Cristo, o Jesus.

Paz&Bem.

FONTE: (https://crerepensar.com.br/o-que-e-a-pascoa/)

(*) Bacharel em Teologia Interconfessional, Filosofia, pós graduado em Filosofia religiosa, Mediação de conflitos, Aconselhamento cristão e capelania.