Segunda, 14 de março de 2022 ( Atualizada em 14/03/2022 às 17:17)



Em meio a pandemia, guerra e outras provações da humanidade, Luciano Ladeira embarcou em uma aventura fora do corpo para criar um trabalho conceitual. Fruto desse contexto desafiador para o planeta e a espécie humana, o novo álbum do cantor, compositor e multi-instrumentista, “A Trip Into Outbody”, estará disponível a partir do dia 30 de março em todas as plataformas digitais de música. Algumas delas, como Spotify, Apple Music, Tidal e Deezer, também oferecerão o serviço de pré-save já no dia 21.

“A Trip Into Outbody” é o 12º álbum da carreira de Luciano Ladeira e foi todo composto e produzido em apenas seis semanas. A obra conceitual composta por quatro faixas instrumentais narra uma viagem para fora do corpo e traz um personagem, Zyon, na verdade um alter ego do artista.

“É ele (Zyon) quem passa por essa aventura. Durante as seis semanas que levei para gravar o álbum, tive essa experiência extracorpórea através da música que eu estava fazendo, como se ela estivesse além de mim, extrapolando os meus limites. A estrutura harmônica é um campo fértil para todo tipo de psicodelia. Então, foi como um mergulho para fora do corpo”, afirma Luciano Ladeira.

O álbum navega entre o jazz, o fusion e o rock progressivo – este a praia natural do artista. As influências percebidas nas longas quatro faixas vão de Chick Corea e Weather Report a Miles Davis e Dave Brubeck, passando por Frank Zappa, Soft Machine e Hermeto Paschoal, entre outras.

É a primeira obra em que o versátil artista assume o “The Onemanband”, banda na qual ele próprio toca guitarra, violão, contrabaixo, bateria, percussão, piano elétrico, piano, minimoog e teclados - ou seja, todos os instrumentos presentes no álbum.

“Nunca tive a pretensão de fazer um álbum instrumental, tampouco nesse gênero (jazz e fusion), embora eu seja um grande fã do estilo. Portanto, o projeto não foi planejado. Simplesmente aconteceu. Numa tarde sentei em meu estúdio e comecei a tocar alguns instrumentos e, em poucas horas, tinha uma música. Toda a idéia para o álbum surgiu de uma vez”, relata ele.

Apenas a primeira faixa tem título em português. “Choveu e Brotou Uma Florada Maior” é a mais longa de todas, com 11 minutos e 49 segundos de duração. As outras três têm título em inglês: “A Trip Into Outbody” (8’40”), Visions (8’38”) e The Adventure Of  Mystic Zyon” (5’42”).  Confira abaixo um pouco mais sobre cada faixa.

Criada e produzida pelo próprio artista, a capa multicolorida de estética psicodélica traz o personagem semi-fictício Zyon embarcando em uma aventura fora do corpo e tocando diversos instrumentos ao mesmo tempo.

“Pensei numa capa que ilustrasse exatamente o que a música representa: algo intangível e surrealista, ao mesmo tempo em que representa exatamente o que eu faço, que é assumir vários personagens quando crio minhas músicas. A figura humanóide que aparece na capa é Zyon, nem ‘o’ nem ‘a’, simplesmente um corpo a se expandir através da música”, explica Luciano Ladeira.

DNA progressivo
Paulistano radicado em Belo Horizonte desde 2010,  Luciano Ladeira tem uma trajetória de duas décadas voltada ao rock progressivo, de composições longas e predominantemente instrumentais - embora tenha se aventurado pelo universo do pop rock no álbum anterior, “Elastica” (2016).

Com público cativo no exterior, principalmente no Japão e na Europa, Luciano Ladeira remasterizou em 2020 toda a obra para relançamento nacional e internacional, incluindo dois álbuns ao vivo.  São álbuns como “Sinais” (1996), “Bateria de Gaia” (1999), “Usaru” (2001), “Unvisited” (2003), “Muito Além das Sete Cores” (2006) e “Oráculo” (2009).

Confira o trabalho dele clicando aqui.

As faixas de “A Trip Into Outbody” (por Luciano Ladeira)

1: “Choveu e Brotou Uma Florada Maior”
A florada são os chacras. Choveu energia através dos sons e abriu os chacras.

2: “A Trip Into Outbody”
Zyon tem uma expansão da consciência e vislumbra outro plano.

3: “Visions”
As visões proporcionadas pelo terceiro olho.

4: “The Adventure Of  Mystic Zyon”
Zyon percebe que toda a existência tem um propósito maior e compreende sua vida por outro panorama.